sexta-feira, 15 de junho de 2007

Musica, Rock n’ Roll e Comportamento

O rock n’ roll faz parte da historia da humanidade ocidental, desde o seu surgimento na década de 50 nos Estados Unidos, e foi marcado como o símbolo da rebeldia, característica presente principalmente no seu publico alvo que é a juventude. Com o boom do rock n’ roll emergiu uma nova consciência que ser jovem não é ser passivo e engolir tudo calado como a maioria fizera décadas a trás, e se fazer visível diante dessa sociedade que se apoiava sob os alicerces da moralidade e valores familiares que já se apresentava como uma entidade falida, em uma sociedade repleta de preconceito e tabus.
Principalmente nos meados da década de 60 fez surgir ainda mais forte o sentimento de revolução não apenas musical, mas sim cultural e social. A liberdade sexual, e intelectual e principalmente comportamental. A liberdade sexual acompanhada da promiscuidade de grande parte desses jovens hippies, tanto quanto o uso abusivo de drogas licérgicas, fez com que este movimento se perdesse dentro de seus próprios ideais, perdendo assim a força, chamando assim o próprio movimento Hippie como utópico, não devemos generalizar pois houve mais contribuições do que danos. Mas no entanto colhemos nos dia de hoje os frutos desse grande movimento liderado por esses jovens, seja na musica ou comportamento.
E essa é a característica principal da musica, é de exteriorizar a realidade em que vivemos e a realidade que desejamos viver. Nossa alma necessita da musica tanto quanto o corpo necessita do alimento. E com ela sendo atemporal e feita dos mais belos sentimentos, faz com que muitos de nós sejamos capazes de ler o mundo por um prisma diferente.

Paz e amor galera.


John Lennon - Imagine (tradução)

Imagine não haver o paraíso
É fácil se você tentar
Nem inferno abaixo de nós
Acima de nós, só o céu

Imagine todas as pessoas
Viver por hoje

Imagine que não há nenhum país
Não é difícil imaginar
Nenhum motivo para matar ou morrer
E nem religião, também

Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você junte-se a nós
E o mundo viverá como um só

Imagine que não ha posses
Eu me pergunto se você pode
Sem a necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade dos homens

Imagine todas as pessoas
Partilhando todo o mundo

Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você junte-se a nós
E o mundo será como um só


Texto por : Luiza Melo

Rithim and Poesy

Nascido nos “guetos’ dos grandes centros urbanos dos Estados Unidos o rap é mais uma das expressões artísticas que, majoritariamente, foi feita por negras e para negros buscando representar o cotidiano dos marginalizados nas cidades.
O ‘boom”do movimento rap da década de 70, sendo impulsionado pela crise econômica desse período e por movimentos musicais – tais como a SOUL MUSIC de James Brown- que ajudaram na afirmação da identidade negra.É nesse período que a essencia do movimento é formulada , com o desenvolvimento de uma cultura baseada nas ruas (STREET ), onde elementos como o grafite (graffit ) e a chamada dança de rua (street dance) dão a tônica urbana e rebelde do rap.Na década de 80 o rap chega nas “hit parades” ,com algumas músicas alcançando o topo das mais tocadas. O movimento cresce e diversifica com a fusão com outro estilos musicais, tais como o metal ( influenciando bandas como Faith No More e Anthrax ) e hardcore ( por exemplo de Sick Of It All) e, para muitos, chegando ao seu auge com Beastie Boys. Na década seguinte o rap da uma esfriada. Brigas internas ao movimento levam o Rap prara as paginas policiais dos jornais, tendo como resultado a morte de alguns e prisão de outros. Mesmo assim o movimento não morre, e no fim da década de 90 ressurgi com novo gás, na voz de músicos como Snoop Dog, 50 Cents, Eminem , Jay-Z, entre outros. A moda rap dos últimos anos tirou muito do caráter contestatório do movimento, se tornando mais um produto de mercado, enriquecendo gravadoras multinacionais e a industria cultural da também.
Nos últimos anos houve também uma mudança temática das letras tornando mais sexuais e apelativas que possibilitou uma maior assimilação ao publico jovem de classe media a alta, perdendo a veia contestatória.

Rap no Brasil

Duas grandes influencias no rap do Brasil e que trouxeram muito da musica norte americana para cá são Tim Maia e Jorge Ben grandes divulgadores da black music.
Com forte influencia nas favelas de São Paulo, à semelhança dos subúrbios novayorquino , o rap brasileiro terá em Sabotage um dos seus principais expoentes, infelizmente a gloriosa carreira de Sabotage e sua contribuição para o desenvolvimento do rap será interrompida pela sua trágica morte.
Confirmando ser um movimento de periferia e de cultura de rua, o rap brasileiro terá mais ressonância nas zonas maiginalizada dos centros urbanos, é assim na Zona Leste de São Paulo, na cidade satélites de Brasília e nos morros da cidade de Recife,
Nesses locais surgem importantes nomes da cultura rap, como Racionais MC’S e Dj Jamaica e Gog no entorno Sul de Brasília. O rap no Brasil se desenvolve com difereça fundamental do rap nos Estados Unidos. Lá os diversos grupos disputavam entre si, gerando o constante estado de conflito dentro do movimento, aqui ao contrario os diversos grupos atuaram juntos, uns mais combativos e outos mais musicais, mais sempre unidos retratando o cotidiano.

Rap e Comportamento

Tendo como base a critica ao sistema e o relato da vida nas periferias os adeptos desse estilo de musica ( mais do que isso, uma postura política ) viram a necessidade da criação de organizações comunitárias que revertessem o quadro social da periferia, claro que nem todos foram assim, mas é impossível não destacar o trabalho social desenvolvido por rappers como o feito Gog na periferia de Brasília, atuando com crianças e adolecentes ensinado grafite, talvez uma possível profissão, e tirando esses jovens da rua.
Outra grande iniciativa com influencia do movimento rap é o Afroraggae que desenvolve um trabalho artístico ( dança, musica e teatro) junto a criança da periferia. O movimento rap é tanto marcado por essas ações que visam mudar a realidade quanto por indivíduos que vêem no movimento uma chance de ascenção pessoal, mas tal contradição não impede que o movimento se renove e continue na luta pelos objetivos que motivaram o seu surgimento : busca de uma identidade negra e o fim da marginalização dos negros.

Texto por: Diego Perreira do Anjos

quinta-feira, 14 de junho de 2007

O punk e o social

A palavra punk fora pela primeira vez utilizada por Shakespeare, que significa “prostituta”, sendo que mais tarde esse conceito foi mudando e dando sinônimo de miserável. A mudança de sentido se deu pela situação que a Inglaterra passava no fim dos anos 70, desemprego em massa, violência, a face obscura da revolução industrial dava as caras.

Dentro dessa massa de desempregados um grande número era de jovens que em plena adolescência se achava distante do pacifismo hippie, pois se o sistema era rude com eles, com certeza não seria por meio de “paz e amor” que eles expressariam a selvageria de suas vidas. Suas roupas eram rasgadas pelo constante uso e seu visual tinha a intenção de chocar a conservadora sociedade inglesa da época, refletindo o que o sistema era com completo; sujo, agressivo.

Há uma grande controvérsia sobre aonde o movimento tenha dado os seus primeiros sinais, pois nada acontece isoladamente, no exato momento quando se dá a insatisfação juvenil na Inglaterra o mesmo acontece primeiramente no oeste dos EUA, principalmente em Nova Iorque.

O movimento punk chegava ao continente americano, no início dos anos 70. Nos Estados Unidos, nas cidades mais caóticas (Nova York, Chicago, Detroit...), o movimento punk nascia, mas não sob o mesmo contexto de sua contraparte inglesa. A sociedade americana era, e ainda é, tão conservadora quanto à inglesa, da qual descende, mas seus motivos eram outros. Os punks americanos lutavam pela liberdade de expressão (que nunca existiu realmente no país), pela paz e pelo fim do racismo, dentre outras bandeiras próprias.

Era caracterizado quase que totalmente por um estilo baseado em música, moda e comportamento. Esta é a primeira manifestação punk nos EUA, o estilo punk rock, surge primeiro com a banda Ramones (outra grande controvérsia) por volta de 1975 e é caracterizada por um revitalização da cultura rock and roll (músicas curtas, simples e dançantes) e do estilo do rock na época(jaquetas de couro estilo motoqueiro, camiseta branca, calça jeans, tênis e o culto a juventude, diversão e rebeldia). Enquanto o rock and roll tradicional ainda criava estrelas do rock, que distanciavam o público do músico, o punk rock rompeu este distanciamento trazendo o princípio da música super-simplificada (pouco mais que três acordes, facilmente tocados por qualquer pessoa sem formação mínima musical) e instigando naturalmente outros adolescentes a criarem suas próprias bandas.

Enquanto na Inglaterra 1975, Malcom Maclaren, que já tinha sido empresário dos Dolls (anteriormente havia tido um contato com a cena de rock que estava surgindo nos EUA) e era dono de uma loja de roupas que mais parecia um sex shop, forma a banda que seria um dos maiores fenômenos da história do rock: os Sex Pistols. Estava criada a base do movimento punk. Logo, camisetas rasgadas, alfinetes de segurança, cabelos coloridos, arrepiados ou ao estilo índio moicano eram a moda dos rebeldes londrinos.

Graças ao regime militar, o movimento punk no Brasil é tardio. Só aparece por volta dos anos 80, já no fim da ditadura. Aqui, o fenômeno teve um outro rumo; se tornou mais uma das vozes contra o governo, há 24 anos no poder. Algumas coisas se mantinham do punk estadunidense, como a luta pela paz e pela liberdade de expressão e do punk niilista europeu.

Todos os três movimentos (brasileiro, inglês e norte-americano) que, apesar de receberem mesmo nome, tinham “ideais” diferentes, partiam do mesmo princípio: o Anarquismo. Apesar do que se conhece como anarquia, o anarquismo prega uma estrutura social sem representantes, ou seja, sem governo ou autoridade. Promove a paz e a responsabilidade mútua. Todos os cidadãos são responsáveis pelos seus atos e o crescimento do “estado”, país. O anarquismo teve uma grande influência no comportamento dos “punks” pois possibilitou uma politização maior desses jovens, que agora faziam manifestações, panfletagens, boicotes, passeatas: mostrando sua cultura e seu repúdio a todas as formas de fascismo, nazismo e racismo, autoritarismo, sexismo e comando; vendo como solução a autogestão (ou seja anarquia) para a libertação dos povos, raças, homens e mulheres.

Para finalizar vale ressaltar a importância desse movimento dentro do rock, com base no “faça você mesmo” trouxe uma força autêntica no rock, tirando-o da ressaca dos anos 60/70. Sendo um movimento de caráter totalmente internacionalista, que busca junto com a sua cultura protestar sendo a música apenas um meio dele (fanzine que seria um trocadilho em inglês com a palavra magazine que significa revista, ou seja, uma revista de fâs). Tanto pela estética ou pela poesia, o movimento não pode ser falado em algumas linhas de blog, pois é presente desde negros inconformados à homossexuais insatisfeitos, essa cultura abrigou todos os “desagregados” dessa sociedade e a infinidade de vertentes musicais produzida sem precedentes em vários movimentos culturais e musicais.

Texto por : Matheus Germano

quarta-feira, 13 de junho de 2007

A musica e seu reflexo no comportamento dos jovens e adolecentes

Nosso objetivo neste trabalho, é mostrar como a musica, e como alguns estilos musicais influenciam no comportamento de jovens e adolescentes.
Vivemos em um mundo, marcado por revoluções sejam elas politicas , religiosas, ou culturais mais ainda sim conflitos e revoluções. A medida que estas revoluções se afirmam na historia, temos no mundo contemporaneo uma força crescente a causar revoluções porem pouco perceptivel aos nossos olhos. Essa força, chamada de midia, e industria cultural , é algo que vem se afirmando dia apos dia; seja ela na televisão, no radio ou outro veiculo de comunicação.
Com o inicio dos anos 50, com uma expansão do veiculo televisivo, a sociedade passava a sentir cada vez mais uma necessidade de se vincular a imagem; e com o aumento da influencia da televisão nos lares, a mesma passava cada vez mais a ditar padroes de comportamento e muitos destes comportamentos podemos ver como um reflexo forte à musica.
As práticas musicais não podem ser dissociadas do contexto cultural. Cada cultura possui seus próprios tipos de música totalmente diferentes em seus estilos, abordagens e concepções do que é a música e do papel que ela deve exercer na sociedade. Entre as diferenças estão: a maior propensão ao humano ou ao sagrado; a música funcional em oposição à música como arte; a concepção teatral da opera e concerto contra a participação festiva da música folclórica e muitas outras.
Falar da música de um ou outro grupo social, de uma região do globo ou de uma época, faz referência a um tipo específico de música que pode agrupar elementos totalmente diferentes (música tradicional, erudita, popular, sacra e tc). Esta diversidade estabelece um compromisso entre o músico (compositor ou intérprete) e o público que deve adaptar sua escuta a uma cultura que ele descobre ao mesmo tempo que percebe a obra musical.
A musica em si ate mesmo faz distinção de raça ou cultur, como por exemplo o Rap vinculado a negros , e o rock à jovens rebeldes; mas isso sera discutido posteriormente.


Texto por: Gustavo Borges Teles